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updated 5:17 PM UTC, Dec 13, 2024
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Companhia da APPC “Era uma vez… Teatro” celebra 20 anos (C/ GALERIA)

A companhia “Era uma vez… Teatro” da Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC) celebra quarta-feira o seu 20.º aniversário. A data será marcada com uma exposição e um espetáculo teatral pelas 21:30 na Fábrica Social Fundação Escultor José Rodrigues.

Em causa está uma companhia que em 2009 foi galardoada com o prémio Talma atribuído a quem prestigia o teatro amador e em 2015 ganhou o prémio internacional de Inclusão Social na Arte, atribuído pela Fundación Anade, de Espanha.

A “Era uma vez… Teatro” é muito mais do que um coletivo composto por pessoas com e sem paralisia cerebral… Conforme descreve à Plural&Singular a animadora cultural Mónica Cunha, este é um projeto que se “assume como um espaço plástico e permeável ao intercâmbio com outras instituições e artistas emergentes”.

Ao longo de 20 anos de existência por esta companhia já passaram dezenas de atores e actrizes com e sem deficiência. O grupo já levou a palcos nacionais e internacionais mais de meia centena de criações teatrais.

“A inclusão que defendemos expressa-se através do desenvolvimento de atividades no âmbito da sensibilização, formação, pesquisa, experimentação, promoção e produção de eventos artísticos”, refere Mónica Cunha.

A companhia da APPC é também responsável pela organização do Extremus, festival de edição bienal que congrega grupos profissionais e amadores, ligados à deficiência, com espetáculos de dança, música e teatro, somando-se a realização de oficinas de teatro inclusivo locais e nacionais e cinco edições de um campus artístico dedicado a pessoas com e sem deficiência, bem como a profissionais da área.
Sobre o campus artístico: traduz-se numa espécie de residência artística que se desenvolve ao longo de sete dias. O quotidiano serve de base exploratória, abrangendo diversas linguagens - teatro, música, dança, pintura, escultura, artes circenses, multimédia e escrita criativa - com o objetivo de criar um diálogo artístico que se transforma, descrevem os responsáveis, num produto final a apresentar ao grande público.

E ainda sobre as peças… Os responsáveis acreditam que “pela complexidade das suas dramaturgias e exigência qualitativa das direções artísticas [estas] são excelentes veículos para a sensibilização de públicos para a temática das igualdades e desigualdades sociais”.

O trabalho da “Era uma vez… Teatro” baseia-se no teatro experimental, contemporâneo, mas também no improviso, sendo que é a exploração do próprio corpo que permite ao ator uma ferramenta para melhorar a sua postura perante a vida.

O aniversário da companhia vai ser assinalado com uma exposição que faz a retrospetiva através de cartazes, figurinos, adereços e fotografias da atividade teatral da companhia, somando-se o espetáculo “Diário de Anne Frank” que junta em palco nove atores vestidos com figurinos cedidos pelo Teatro Nacional São João.

Artigos Plural&Singular relacionados

. “Dia Nacional da Paralisia Cerebral” – saiba mais sobre a APPC através da nossa 9.ª edição da revista digital (dez.2014), página 20 – clique AQUI

. “Formação Música Performance Educação Teatro Dança” – Festival Extremus na nossa 13.ª edição da revista digital (dez.2015), página 94 – clique AQUI

. “O gosto especial de fazer a magia do teatro acontecer…” – prémios e distinções na nossa 14.ª edição da revista digital (mar.2016), página 66 – clique AQUI

. “Identidade” – peça sobre o campus artístico na nossa 17.º edição da revista digital (dez.2016), página 86 – clique AQUI