24ª Edição
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A edição semestral da Plural&Singular dedica o tema de capa, como não podia deixar de ser, à crise epidemiológica de covid-19 e o respetivo impacto na vida de quem tem diversidade funcional. Para o fazer entrevistou várias pessoas que partilham as incertezas e ansiedades desta fase: Rui Machado, Sofia Costa, José Rocha, Sara Coutinho são alguns exemplos dos testemunhos que se podem encontrar na reportagem de capa desta 24.ª edição. Sílvia Artilheiro Alves, a presidente da Associação Nacional de Cuidadores, e o padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade são exemplos de dois dos representantes de entidades contactadas para perceber o que é que a primeira onda do tsunami provocou às instituições e aos cuidadores. Recorrendo a vários testemunhos e a David Rodrigues, presidente da Pró-Inclusão – Associação Nacional de Docentes de Educação Especial também se procurou uma resposta à pergunta: o ensino à distância veio aprofundar as desigualdades sociais e pôr em causa o processo de inclusão em contexto académico? Ficou a faltar o ponto de vista do Governo nestas 47 páginas dedicadas ao impacto da pandemia, mas a secretária de Estado da Inclusão de Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, não se mostrou disponível para dar entrevista.
Também a secção de Desporto, direta ou indiretamente, aborda o tema do momento porque narra a quarentena do maratonista Manuel Mendes, o desconfinamento do judoca Paulo Lemos e os treinos do jogador de basquetebol Hélder Vareta que, em plena pandemia, mudou de clube e começou a época a treinar pelo Sporting de Braga. O vice-presidente do Comité Paralímpico de Portugal, Carlos Lopes, analisou o adiamento dos Jogos Paralímpicos e o Perfil foi dedicado a Nuno Alpiarça que faleceu recentemente – uma morte ligada à pandemia de covid-19 porque “levanta suspeitas de nova falha do sistema integrado de emergência médica”.
Em Saúde e Bem-Estar são dados a conhecer dois projetos: a terapia assistida com a Mel, uma patuda lavradora, realizada junto dos clientes da Associação de Paralisia Cerebral de Guimarães e o projeto “Consigo” que faz o acompanhamento de proximidade e tem um banco de empréstimo de equipamentos adaptativos a pessoas carenciadas que abrange todo o concelho vimaranense.
Na secção de Cultura apresenta-se a mais recente criação artística da Cercigui, uma instituição da Cidade Berço que conseguiu com o espetáculo “Pele” colocar cerca de 90 artistas em palco.
No Lugar a Plural&Singular foi visitar o Alecrim da Santa Casa da Misericórdia de Guimarães e passou uma tarde com os clientes das valências do centro de atividades ocupacionais e do lar residencial. Também falou com Jorge Paiva, um utilizador de cão-guia, que se propõe a visitar muitos lugares numa viagem pela Europa para mostrar que um cego também pode viajar.
Mas nas 137 páginas desta edição existem outras reportagens, nomeadamente a que dá a conhecer João Artur Fernandes, um vimaranense que aos 50 anos ficou cego devido a uma retinite pigmentosa, a que fala sobre a adaptação de brinquedos do Núcleo de Robótica do Departamento de Eletrónica Industrial da Universidade do Minho, a que conta o percurso de formação de José Carlos Pereira, agora assistente administrativo na junta de freguesia de Silvares, em Guimarães, e relembra a saga vivida por Sérgio Alexandre Lopes com os autocarros da Carris, em Lisboa.