Prémios Acesso Cultura 2016
- Escrito por Paula Fernandes Teixeira
- Publicado em Portugal

A Acesso Cultura, associação que se dedica à análise das acessibilidades em espaços culturais, revelou os Prémios Acesso Cultura 2016 no dia 17 de junho, numa cerimónia no Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, em Lisboa.
O Prémio Acessibilidade Integrada (física, social, intelectual) foi entregue ao Parque Biológico da Serra da Lousã, enquanto o Prémio Acessibilidade Física foi para o Grupo Dançando com a Diferença.
Já o Prémio Acessibilidade Social foi entregue à companhia Comédias do Minho e à Sociedade Artística de Pousos, distrito de Leiria. Ambas venceram em ex-aequo.
Somam-se seis menções honrosas: D´Orfeu Associação Cultural - Projeto opÁ! – Orquestra de Percussão de Águeda, Fundação Serralves e Associação Laredo – Projeto Serralves em Língua Gestual Portuguesa, Há Festa no Campo/Aldeias Artísticas, Museu de Leiria, Orquestra de Câmara Portuguesa - Projeto Notas de Contacto/OCP Solidária, Parques de Sintra Monte de Lua - Projeto Aplicação Talking Heritage.
Os responsáveis explicam que estes prémios visam criar uma maior exigência junto dos públicos, com vista à melhoria da acessibilidade nas instituições culturais.
Sobre o Parque Biológico Serra da Lousã, o júri destaca que o projeto “apresenta práticas de excelência de integração e de acessibilidade social”.
“Trata-se de um parque temático, inovador, que associa a biofilia, o património natural e cultural da região, o turismo, a inclusão laboral de pessoas com deficiência, doença mental e desempregados de longa duração”, descreve a organização.
Sobre a Associação dos Amigos da Arte Inclusiva – Grupo Dançando com a Diferença (Madeira), o júri premiou o “trabalho pioneiro em Portugal, que teve reflexos no âmbito das instituições que têm como foco a intervenção com pessoas com deficiência e, mais tarde, no tecido artístico e cultural do país, de uma forma generalizada”.
No que diz respeito às Comédias do Minho, o júri considerou que a associação que promove esta iniciativa “leva o teatro às aldeias, num esforço de acessibilidade cultural, inédito no território, num registo de enorme proximidade”.
Já a Sociedade Artística Musical dos Pousos “consolida o reconhecimento e integração da diferença de pessoas sujeitas à exclusão devido a fatores físicos ou sociais”.
O júri era composto pela representante em Portugal da direção da European Network of Accessible Tourism (Rede Europeia de Turismo Acessível), Ana Garcia, pela museóloga Graça Santa-Bárbara, responsável pela comunicação do Museu Nacional dos Coches, associada da Acesso Cultura, e pela bailarina Marta Silva, diretora do Largo Residências.
