“Grande mostra” sobre um setor que mobiliza mais de 14 milhões de euros de recursos
- Escrito por Paula Fernandes Teixeira
- Publicado em Portugal
60.000 instituições
60 horas de debate e formação
3 dias inteiramente dedicados à Economia Social
O Portugal Economia Social tem início hoje e prolonga-se até sábado na FIL, em Lisboa, com a organização da Fundação AIP que promete mais de 60 horas de debate, formação e qualificação, uma “grande mostra” de produtos e serviços e a presença de mais de 60.000 instituições sociais convidadas.
Em causa está um setor que mobiliza mais de 14 milhões de euros de recursos segundo dados recolhidos em 2010 pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pela Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES)
O peso da economia social na economia nacional também se traduz através de números como os 260.000 trabalhadores envolvidos no setor, representando 5,5% do total do emprego remunerado, 2,8% da produção nacional e do VAB e 4,6% do total das remunerações pagas. O denominado “Terceiro Setor” contribui com 3,8% para o PIB nacional com trabalho voluntário também de acordo com dados do INE e da CASES.
“Uma economia social robusta é também uma dimensão fundamental do crescimento, do desenvolvimento e da competitividade” – presidente da Fundação AIP, Jorge Rocha de Matos
“Consideramos a economia social como uma dimensão essencial da economia, sobretudo quando se equaciona conjuntamente as exigências de competitividade com os imperativos da coesão económica, social e territorial”, refere o presidente da Fundação AIP, Jorge Rocha de Matos, citado no comunicado da organização.
Este responsável destaca que “a economia social mobiliza uma multiplicidade de atores e tem um peso na economia nacional, regional e local que é bastante expressivo, nomeadamente no que se refere ao PIB e muito particularmente em matéria emprego e no desenvolvimento da solidariedade social”.
O empreendedorismo e a inovação social são outros dos aspetos destacados por Jorge Rocha de Matos, segundo o qual estes vetores assumem “um papel acrescido nas nossas sociedades mais desenvolvidas”: “E Portugal quer fazer parte deste ‘clube’”, conclui.
“Devo dizer que na carta de princípios da Fundação AIP releva-se um conjunto de valores que têm na economia social um lugar de eleição, nomeadamente a inovação e o empreendedorismo, a responsabilidade social, a ética empresarial, a solidariedade e o desenvolvimento humano. Uma economia social robusta é também uma dimensão fundamental do crescimento, do desenvolvimento e da competitividade”, afirma o presidente da Fundação AIP.
Novas perspectivas para o desenvolvimento local
O Portugal Economia Social nasceu à volta do debate de temas como o papel da cidadania empresarial na inclusão social e o desenvolvimento de iniciativas socioeconómicas que promovem o empreendedorismo com finalidades sociais, bem como os serviços de proximidade, o microcrédito, o voluntariado, as iniciativas dos cidadãos e os novos paradigmas solidários de intervenção social e territorial.
Assim, com o alto patrocínio da Presidência da República, este encontro que a organização garante que será “multidisciplinar” visa promover a coesão social, estimulando a criação de novos empregos e melhorar as condições de empregabilidade.
São três dias com, lê-se nas notas convite para o evento, uma “forte componente dirigida a todas as regiões de Portugal”, pois é convicção dos mentores do Portugal Economia Social que são os concelhos, as autarquias e as freguesias que melhor conhecem as dificuldades e potencialidades das suas áreas.
“O termo desenvolvimento local tem sido empregado no conceito de políticas públicas tanto a nível europeu, nacional como local associado a uma solução organizacional e, é neste sentido, que o Portugal Economia Social propõe fomentar a eficácia dos programas nos locais em desenvolvimento”, resumem as notas.
O evento conta, ainda, com o apoio institucional do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, a parceria de várias entidades públicas e privadas, e um Conselho Estratégico composto por vários organismos locais, sociais, desde universidades a fundações, entre outras.
É objetivo do Portugal Economia Social “encontrar soluções para um Portugal mais solidário mas simultaneamente mais sustentável”, daí que o programa inclua debates, conferências, seminários e outras apresentações.
Temas, destinatários e prémio do “grande evento” que reflete o chamado “Terceiro Setor”
“Os Desafios da Economia Social no Contexto Português e Europeu”, “Empreendedorismo e Inovação Social”, “Gestão das Organizações da Economia Social – Desafios, Oportunidades e Riscos”, “Seminário – Mulheres, Inovação e Competitividade”, “Causas Sociais – Necessidades e Respostas”, “Sustentabilidade e Financiamento – Novas Formas e Instrumentos”, “A Economia Social e o Desenvolvimento Local e Regional” – serão alguns dos temas a abordar e debater por especialistas.
O Portugal Economia Social destina-se a profissionais, empreendedores, instituições ou entidades e agentes individuais da sociedade civil que pretendam estabelecer contactos e promover parcerias. O público geral também está convidado pois poderá conhecer novas respostas sociais para os seus anseios ou projetos.
No âmbito deste encontro a Fundação AIP, o Montepio Geral e o IES Social Business School patrocinam a primeira edição do prémio “Empreendedor Social” que está disponível para empreendedores em nome individual que representem uma organização privada ou pública, com ou sem fins lucrativos.
O empreendedor pode fazer parte duma organização e/ou projeto ainda em fase inicial ou já em fase de crescimento e expansão. A organização e/ou projeto deve ter um foco na criação de impacto social através dum modelo de negócio sustentável.
Recordamos que a Plural&Singular está presente no Portugal Economia Social
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