Banco Mundial: África tem pobreza extrema e desigualdades travam descida
- Escrito por Sofia Pires
- Publicado em Mundo
O relatório “Leveling the Playing Field: Eliminar as Desigualdades Estruturais para Acelerar a Redução da Pobreza em África, explica que as desigualdades estruturais, baseadas em fatores como o local de nascimento, a etnia, o género e a origem parental, bem como as distorções institucionais e do mercado, favorecem uma minoria em detrimento da maioria.
África é a segunda região mais desigual do mundo, a seguir à América Latina, e “a única onde a redução da pobreza extrema estagnou nos últimos anos”, com 38% da população a viver com menos de 2,15 dólares por dia.
Considera-se pobreza extrema viver com menos de 2,15 dólares por dia.
Atualmente, 60% da população mundial que vive em situação de pobreza extrema encontra-se na África Subsariana, uma proporção que poderá aumentar para 87% até 2030 se não forem realizadas reformas significativas, alerta o Banco Mundial.
O relatório sugere que as estratégias de redução da pobreza devem centrar-se no alargamento das oportunidades e aponta exemplos.
A região de África em geral tem tido dificuldade em transformar o crescimento económico em redução da pobreza, em grande parte devido à elevada desigualdade.
O relatório mostra que muitas pessoas nascem em circunstâncias que limitam seriamente as suas oportunidades futuras, nomeadamente as crianças dos 20% da população mais pobre têm menos probabilidades de terminar a escola a tempo e, em média, apenas 32% dos agregados familiares pobres têm acesso à eletricidade, em comparação com quase 70% dos agregados familiares não pobres.
Os autores do estudo consideram que ao combater as desigualdades estruturais, a África Subsariana tem potencial não só para promover um crescimento inclusivo, mas também para reduzir a pobreza e criar novas oportunidades para milhões de pessoas.